segunda-feira, 21 de junho de 2010

Aquele falso brilhante


Sou uma covarde.
Parasita da rotina e da desculpa permanente da “falta de oportunidade”.

Sou um engodo. Uma farsa. Aquele falso brilhante de Elis.
Me divido entre lamentar o existir insosso e a felicidade provinciana de quem vive um bom amor. Sou uma blasfemia. Um sorriso morno tipo madame botox.
Fiz escolhas. Pago por elas tendo dimensão da burrada ou não.

Completa mentira!
Eu nem sabia o que era ideologia.
Fugi pela tangente que parecia convincente.
Para outros talvez.
Pior mentira é aquela contada pra si mesma.
Repeti tantas vezes que quase me convenci que era verdade.
Mas a dúvida permanece, como agulha de acupuntura.
Fina, latente.

Conforme-se. Você não tem coragem de mudar.
Você se deixa influenciar.
Vai fazer o que agora?
Sou um engodo. Uma farsa. Aquele falso brilhante de Elis.