terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ser grato


E se a vida não me dá o que quero ou desejo, ainda sim agradeço por tudo o que tenho!!
Não porque meu amor ainda não veio,
Não porque não tenho todo o dinheiro,
Não porque as dificuldades e as decepções me aparecem.

Não por motivos tão tolos. Se não tenho, é porque ainda não é tempo.
Tempo este que voa como vento, que passa como uma brisa e logo cessa;
Não sei ao certo o que Deus me reserva, mas sou grata pelas alegrias, pelas decepções, pelos desgastes, pela recompensa, por tudo.
Nutrir a alma de otimismo as vezes me parece tolice. Algumas coisas e algumas pessoas insistem em me convencer que só estou me enganando e que a realidade é bem diferente.
Se sonho demais,
Se padeço demais?
Talvez!
O que sei é que assim sou feliz, que assim me faço feliz, que assim pareço feliz!!

Tenho muitas perguntas e poucas respostas.
Dúvidas sobre a vida, sobre os sonhos , sobre os mundos, sobre as pessoas.
Sinto medo constantemente de ser boa demais, boba demais e que de alguma maneira pareço ser.
É difícil acreditar nas pessoas, nos sentimentos , nas intenções.
É difícil suportar distância, falta de sensibilidade, maldade.
É muito difícil pra mim.
Mas eu acredito, eu confio, eu me empresto.
Por que assim vejo que além de mim existe o todo e que estar para o todo mesmo que este não me devolva o mesmo é gratificante.

A ingratidão fere mais que qualquer coisa, e este é meu maior medo, ser ingrata ao que a vida me proporciona, por mais tolo que isto pareça.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

É isto mesmo companheiros ( Ao Blog Day)



“Faça o que eu digo, mas não faça o que faço”, medíocre pensar que o exemplo se faz na palavra e não na atitude. Um comportamento defensivo e pequeno que não cabe na sinceridade e no caráter , mas que se repete com freqüência .

Não identifico realmente um motivo para isto, mas vejo como uma necessidade do ego de não admitir erros e deslizes. Talvez uma forma de justificar as virtudes não praticadas criticando, censurando e aconselhando o outro a não fazer o que ele próprio faz.
Que dificuldade é esta de admitir erros e assumi-los com personalidade? Porque não mudar ao invés de persistir com a hipocrisia???

Pergunta que não cala para uma classe em especial: a da política brasileira.
É difícil demais para egos inchados e petulantes. Para eles não se erra, disfarça.
Esconde, acovarda para então na primeira oportunidade, dar o falso exemplo.
Assim é a atitude de nossos governantes, que nos subestimam e usam da memória infelizmente curta do brasileiro ao que se refere a política, para se deleitar no exercício corrupto e transgressor da administração de nosso país.
A nossa democracia lamentavelmente veste uma máscara chamada hipocrisia.
E a fantasia de palhaço sempre sobra para a desmemoriada família brasileira.


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Para tardes de chuva

Sutileza. Esta é a definição para o filme “A Good Year” baseado no livro de Piter Mayle, produzido e dirigido por Ridley Scott o ousado diretor de “O Gladiador”. Aos amantes do vinho, da França e de uma bela fotografia em filmes, “Um Bom Ano” é um prato cheio.
Max Skinner , interpretado por Russell Crowe é um executivo da bolsa de valores de Londres. Bem sucedido e embriagado pelo sucesso nos negócios se esquece de sua infância e seus valores essenciais.

Quando se vê na ocasião de voltar a terra onde nasceu e cresceu com a intenção de repassar a vinícola que herdou de seu tio é que se inicia uma sucessão de momentos nostálgicos e de contemplação à beleza da vida.

O cenário é bucólico e rústico, mas de extremo bom gosto. Um belíssimo vinhedo em Provença na França, próximo a uma cidadezinha charmosa e personagens tipicamente europeus.
Tomado por suas lembranças, Max vive um gostoso romance com seu passado e com a bela francesa Fanny Chenal, dona de um restaurante da pequena cidade.
O filme envolve entre outros detalhes saborosos, a arte da degustação do vinho, a riqueza de diálogos presenteados por um excelente roteiro e o leve humor inteligente e ácido do personagem de Crowe.

A trilha sonora assinada por Marc Streitenfeld, é deliciosa e passeia por peculiares músicas francesas e hits dos anos 50.
Uma história para assistir a dois, numa tarde chuvosa de sábado regada a vinho tinto seco fazendo acender a vontade de uma bela viagem à França.
Então, Bon Appetit.