quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Para tardes de chuva

Sutileza. Esta é a definição para o filme “A Good Year” baseado no livro de Piter Mayle, produzido e dirigido por Ridley Scott o ousado diretor de “O Gladiador”. Aos amantes do vinho, da França e de uma bela fotografia em filmes, “Um Bom Ano” é um prato cheio.
Max Skinner , interpretado por Russell Crowe é um executivo da bolsa de valores de Londres. Bem sucedido e embriagado pelo sucesso nos negócios se esquece de sua infância e seus valores essenciais.

Quando se vê na ocasião de voltar a terra onde nasceu e cresceu com a intenção de repassar a vinícola que herdou de seu tio é que se inicia uma sucessão de momentos nostálgicos e de contemplação à beleza da vida.

O cenário é bucólico e rústico, mas de extremo bom gosto. Um belíssimo vinhedo em Provença na França, próximo a uma cidadezinha charmosa e personagens tipicamente europeus.
Tomado por suas lembranças, Max vive um gostoso romance com seu passado e com a bela francesa Fanny Chenal, dona de um restaurante da pequena cidade.
O filme envolve entre outros detalhes saborosos, a arte da degustação do vinho, a riqueza de diálogos presenteados por um excelente roteiro e o leve humor inteligente e ácido do personagem de Crowe.

A trilha sonora assinada por Marc Streitenfeld, é deliciosa e passeia por peculiares músicas francesas e hits dos anos 50.
Uma história para assistir a dois, numa tarde chuvosa de sábado regada a vinho tinto seco fazendo acender a vontade de uma bela viagem à França.
Então, Bon Appetit.

3 comentários:

Selo Reverso disse...

hmmmmmmmmmmmmm!!

;)

Anônimo disse...

huuuum amei a dica liii !!!

Bjim

Anônimo disse...

O filme, atéonde vi, é uma coleção de clichês. Então temos: um garoto londrino feio, magro, estereótipo de nerd - com pesados óculos de massa e tudo - sendo educado para o hedonismo por um, pasmem, bom e velho tradicional tiozão rico, celibatário e bon vivan que tem um Chateu na França (!). No mais o cara cresce ambicioso e se torna o que? Um padre? Um escritor de auto-ajuda? Um enólogo? Nah, imagina, um maldito especular da bolsa de valores! Surpreendente, hã? Conseguiram fazer a ligação entre "ambicioso" e dono de corretora de valores? Pois bem, esse cara odioso, desumano, intragável sob todos os aspectos, emocionalmente infantil e sexualmente mal resolvido, devorador de fêmeas - se tiver um decote ou um par de pernas em seu campo de visão, nosso bandido mau não consegue fixar a atenção em mais nada - herda a tal vinícola ao mesmo tempo em que sofre uma investigação da CVM deles. Vai até a França vender o tal Chateu e (é sério isso) dá voltinhas com um mini-carro ridículo em torno de uma fonte EM CÂMERA ACELERADA - não deu pra rir pq me pegou desprevenido, se fosse no Mr. Bean eu riria! - quase atropela uma francesa que SORRIA SOZINHA ENQUANTO ANDAVA DE BICICLETA NUMA ESTRADA DESERTA SOB O SOL DE UM FIM-DE-TARDE, COM VESTIDO ESVOAÇANTE E CHAPÉU (oh céus... quase parei aí) que magicamente aparece mais tarde para socorrê-lo quando ele distraído cai numa piscina SEM ESCADAS! Claro que ela põe a piscina pra encher enquanto nosso anti-herói - absolutamente sozinho - coloca duas bolas de tênis nos olhos e mira direto na câmera - fazendo graça pra vc, espectador! Que simpático, não?!
Bom, nesse exato momento dei como suficientes os 20 minutos de vida perdidos, antes que esse cara detestável se apaixonasse pela linda francesa, descobrisse o amor, se arrepende-se de todos os seus pecados, deixasse o mercado de ações e fosse tocar uma vinícola no sul da França optando por uma vida mais tranqüila e vivendo feliz para sempre e eu tivesse uma crise de choro daquelas de final de campeonato mundial de 1998.
Ganhou um filme, Liara.